sexta-feira, 2 de novembro de 2012

5 Mitos Sobre o Padrão Ouro

Mito Nº1: Não Existe Ouro Suficiente

 Eu acho espantoso que os economistas possam fazer afirmações como esta, porque é um princípio elementar de economia que se alguém aumentar o preço de uma mercadoria (commodity), existirá sempre quantidade suficiente dessa mercadoria (commodity). O que nós vimos na subida do preço do ouro é na realidade o preço crescente do ouro para reflectir a depreciação do dólar que ocorreu e que continua a ocorrer.
Posto de maneira simples, existirá sempre ouro suficiente desde que ninguém interfira com o mecanismo de livre mercado.
A 700 dólares por onça, o governo dos Estados Unidos tem reservas de ouro suficientes para cobrir o valor de todas as notas da reserva federal (o Fed) em circulação. Se nós fossemos estabelecer um padrão ouro através do procedimento que eu descrevi na minha proposta legislativa HR 7874, o mundo seria completamente informado da quantidade de ouro em posse do governo dos Estados Unidos e o preço do ouro poderia se ajustar adequadamente, de modo a que quando a redenção das nossas notas da reserva federal (o Fed) se iniciasse, o preço seria o preço de equilíbrio de mercado. Simplesmente, a afirmação de que não existe ouro suficiente é falsa. É uma tática para assustar usada pelos opositores do padrão ouro.

Mito Nº2: Um Padrão Ouro Permitira à Rússia e à África do Sul Manterem os Estados Unidos Reféns

 O segundo mito que deve ser questionado é de que a União Soviética e a África do Sul manteriam os Estados Unidos reféns se a América estabelecesse o padrão ouro. É verdade que a União Soviética e a África do Sul, porque possuem vastos depósitos de ouro, têm obtido bons rendimentos na última década. E no entanto, nós não estamos hoje em nenhum tipo de padrão ouro. São as políticas inflacionárias atuais dos governos mundiais que têm ajudado a criar estes rendimentos. Em vez de dar rendimentos para a União Soviética ou para a África do Sul, nós deveríamos instituir o padrão ouro.

A estabilização do nosso sistema monetário – e provavelmente do sistema monetário mundial, se o mundo nos seguisse – retiraria qualquer prémio especulativo que a União Soviética e a África do Sul recebem presentemente. Nós observaríamos uma estabilização mundial do preço do ouro e o fim da inflação por todo o mundo. Nessas condições, tanto a União Soviética como a África do Sul não estariam mais numa posição de receber rendimentos excessivos.

Durante os primeiros meses deste ano, a União Soviética tem privado o mercado de ouro internacional de parte do seu ouro. Rumores recentes afirmam que eles venderam centenas de toneladas à Arábia Saudita com um prémio sobre o preço de mercado. Independentemente  deste rumor ser verdade ou não, é fácil de constatar os problemas inflacionários  que nos afligem a nós e ao resto do mundo criam as condições para a Rússia e a África do Sul obterem vastos benefícios econômicos. A inflação atual provoca medo e pânico entre a população mundial.

Se nós instituíssemos um sistema monetário sólido (sound money) – com moeda padrão 100 por cento ouro – o medo e o pânico seriam eliminados. Não haveria nenhum prêmio a ser obtido pela União Soviética e pela África do Sul, e eles não receberiam nenhuma fortuna exagerada pela venda das suas barras e das suas moedas. Nem tão pouco a Rússia ou a África do Sul poderiam manter os Estados Unidos reféns.

As reservas de ouro dos Estados Unidos são imensas, mas independentemente do seu tamanho, é extremamente difícil compreender como é que a Rússia e a África do Sul, quer restringindo a produção ou através do dumping de ouro, poderiam afetar seriamente os Estados Unidos. Quando nós atingirmos completamente o padrão ouro e a nossa unidade contabilística for um peso em ouro, como eu indiquei na minha proposta legislativa HR 7874, toda a produção mundial de ouro durante um ano não influenciaria significativamente o valor desse peso em ouro.

 Mito Nº3: O Ouro Provoca Depressões

 O terceiro mito é que “um regresso ao padrão ouro provocaria uma depressão”. Ora bem, esta afirmação é uma meia-verdade, porque se nós instituirmos impropriamente o padrão ouro, então de fato poderíamos ter uma depressão. Depois da primeira guerra mundial, o governo da Grã-Bretanha regressou ao padrão ouro mas de forma deflacionária. A Grã-Bretanha restabeleceu a ligação que existia entre a libra e o ouro, anterior à primeira guerra mundial, sem considerar o aumento na quantidade de libras que ocorreu durante a guerra num período em que a Grã-Bretanha estava fora do padrão ouro.
O resultado foi uma pequena depressão, porque os especialistas políticos ignoraram completamente os estragos que tinham sido provocados pelas suas políticas durante a guerra.
Se nós instituíssemos um padrão ouro, nós poderíamos perseguir um curso que não resultaria em deflação e não provocaria uma depressão. Nós poderíamos redimir ao preço de mercado durante o período de um ano, as notas que nós imprimimos e depois cessar a redenção, permitindo que as moedas de ouro que fossem postas em circulação funcionassem como o nosso dinheiro.

Se não nos comprometermos com estas coisas todas, mesmo o estabelecimento de um padrão 100 por cento ouro não conseguiria travar a nossa descida para o caos econômico. Nós temos que reduzir o governo federal para o seu tamanho constitucional, e um padrão ouro total é parte desse processo. A constituição proíbe explicitamente qualquer governo estatal, e implicitamente o governo federal, de definir o ouro ou a prata como moeda corrente (legal tender) no pagamento de dívida.

 Mito Nº 4: O Ouro Provoca Inflação

 O quarto mito sobre o padrão ouro, é que “ele provoca inflação”. Opositores do padrão ouro referem que a quantidade de ouro aumenta anualmente cerca de dois a três por cento, e como tal, um aumento da quantidade resultaria em inflação em qualquer país que adote o padrão ouro.
Eu não quero questionar a afirmação de que a quantidade de ouro mundial aumenta dois a três por cento por ano. Por uma questão de argumentação, eu aceito este fato como verdadeiro. O resultado deste aumento seria que os preços poderiam estabilizar ou descer.
É útil neste aspecto analisar o comportamento dos preços durante a nossa história. Durante a maior parte do século XIX nós tivemos um padrão ouro imperfeito. Nos 67 anos anteriores à criação da reserva federal (o Fed) em 1913, o índice de preços no consumidor (CPI) aumentou 10 por cento, e nos 67 anos posteriores a 1913, o índice de preços no consumidor aumentou 625 por cento. O aumento acelerou desde 1971 quando o presidente Nixon cortou a última ligação ao ouro fechando a janela de ouro (gold window).

Em 1833 o índice de preços de venda de mercadorias (commodities) nos Estados Unidos era de 75,3. Em 1933, imediatamente antes do abandono do padrão ouro, o índice de preços de venda de mercadorias era de 76,2: um aumento de 0,9 por cento em cem anos. Hoje (1981), o índice é de 612,3. Durante cem anos do padrão ouro, os preços de venda aumentaram 0,9 por cento. Nos últimos 45 anos de moeda-papel, eles aumentaram 536%.
O índice de preços de venda de mercadorias realça a estabilidade destes preços durante todo o século XIX. A estabilidade foi quebrada primeiro durante a guerra civil – o período das notas de dólar – depois na primeira guerra mundial, e mais uma vez na segunda guerra mundial, e com a inflação que persistiu desde a dessa guerra.
Em vez de causar inflação, o padrão ouro historicamente tem sido um bastão contra a inflação. É o dinheiro manipulado politicamente tal como existe desde 1934 que provoca a inflação.

As pessoas hoje habituaram-se a que os preços subam continuamente e nós observamos o início de uma psicologia de hiperinflação a estabelecer-se. Se nós quisermos evitar as consequências horríveis de tal psicologia, nós temos que tomar medidas drásticas e oferecer ao nosso país um sistema historicamente comprovado, um padrão de moeda ouro completo.

Mito Nº 5: O Ouro Seria Especulativo


O último mito sobre o padrão de moeda ouro que eu gostava de endereçar é a noção de que tal padrão seria sujeito a influências especulativas indesejáveis.
Esta afirmação foi feita recentemente numa carta enviada pela reserva federal (o Fed) ao presidente da do comitê bancário do senado William Proxmire. A carta argumentava que, uma vez que o ouro é uma mercadoria (commodity) usada em joalharia e na indústria, é sujeito a influências especulativas indesejáveis no estabelecimento de um sistema monetário estável.
Eu acho este argumento espantoso, porque é precisamente por ser uma mercadoria (commodity) que não está sujeita à manipulação burocrática de Washington ou Londres, que a tora desejável. Se alguém quiser falar de influências especulativas indesejáveis, só é preciso olhar para a especulação que ocorre diariamente em relação ao dólar.

Um padrão ouro eliminaria toda a especulação relativa a motivações políticas das autoridades monetárias na governação da massa monetária. A grande virtude do padrão ouro é que remove os poderes discricionários de qualquer agência sobre a massa monetária, acabando assim com a maior fonte fértil de especulação. Um padrão ouro coloca o poder do sistema monetário nas mãos das pessoas e retira-o dos políticos e banqueiros, removendo assim um meio potencial para o estabelecimento de uma tirania.
O ouro não pode ser produzido de forma tão barata como as notas da reserva federal podem ser impressas. Nem a sua quantidade pode ser manipulada numa base diária. Existe uma grande dispersão de poder num sistema de padrão ouro. Esta é a força do sistema, porque permite que as pessoas verifiquem qualquer excesso monetário dos seus governantes, e não permite que os governantes explorem as pessoas através da desvalorização da moeda.

A carta da reserva federal enviada a William Proxmire terminava com um apelo a mais fé no sistema e nas suas boas intenções. Durante mais de 60 anos, os cidadãos americanos tem exercido essa fé e eles têm sofrido a maior depressão e a maior inflação da sua história. Deixemos de ouvir sobre fé nos homens, mas restrinjamos os governos com as correntes de um sistema monetário honesto – o padrão ouro completo.
No Coinage Act de 1792, os fundadores (Founders) estabeleceram a pena de morte para qualquer funcionário governamental que desvalorizasse a moeda. Dá que pensar se essa pena fosse aplicada hoje, quantos membros do Federal Open Market Committee (FOMC) sobreviveriam um mês.

Ouro: O Padrão de Medida


No seu texto “Tratado Sobre a Reforma Monetária” publicado em 1923, o pai da idade da inflação, John Maynard Keynes, escreveu: “O capitalismo individualista de hoje… presume um padrão de medida de valor estável. Ele não pode ser eficiente – talvez não possa existir – sem um.”
O Sr. Keynes estava correto. Sem um padrão de medida de valor, tal como uma moeda baseada no padrão ouro, o capitalismo e a liberdade não conseguem sobreviver. Se não formos vigilantes, nós vamos evoluir para uma espécie de fascismo que resultou da grande inflação Alemã a seguir à primeira guerra mundial.
A escolha que temos que fazer é simples: deveremos ter uma moeda baseada no padrão ouro e liberdade política ou devemos ter moeda-papel e tirania política?

domingo, 14 de outubro de 2012

Entenda o que são os "PETRODÓLARES"

Entenda o que são os "PETRODÓLARES", e sua gigantesca influência no sistema financeiro global.

Hoje, a grande maioria das transações relacionadas aos 86 milhões de barris de petróleo que são comercializados diariamente, são feitas em dólares. Isto significa que qualquer país precisará de dólares norte-americanos para comprar um barril de petróleo, e para obtê-los precisará recorrer aos mercados de câmbio internacionais ou exportar os seus produtos aos EUA em troca de dólares. Os chamados “petrodólares” são os dólares norte-americanos recebidos pelos produtores de petróleo em troca da sua produção. Esse acordo deu ao dólar uma força artificial com tremendos benefícios financeiros para os EUA.

Desta maneira, os EUA recebem um duplo empréstimo por cada transação de petróleo: aumentam a demanda mundial por dólares e títulos do Tesouro dos EUA, e podem imprimir dólares para comprar petróleo, fazendo com que os países exportadores em geral e produtores de petróleo fiquem com o ônus da dívida após terem recebido os dólares em papel moeda (uma espécie de dinheiro fantasma, sem lastro produtivo). Hoje, os EUA importam 1/8 da produção mundial de petróleo, e, por estranho que possa parecer, a principal exportação dos EUA é o dólar em papel moeda, cuja demanda é mantida alta de maneira artificial, e permite custear os altíssimos gastos militares (aproximadamente 70% da economia dos EUA gira em torno do chamado complexo militar industrial) e o consumo de produtos importados a preços baixos.

Esta situação teve início na década de 1970, quando o sistema de conversibilidade do dólar ao ouro, definido em Bretton Woods em 1944, colapsou. Os EUA começaram a produzir enormes déficits fiscais e o controle da inflação e do desemprego passaram a ser constante fonte de preocupação dos vários governos norte-americanos. Um dos principais mecanismos para manter o controle mundial foi o estabelecimento de uma estrutura financeira que mantivesse a necessidade de demanda pelo dólar, junto com a transferência do setor industrial para países onde fosse possível a exploração de mão-de-obra semiescrava, principalmente a China.

O Secretário de Estado Norte-americano na época, Henry Kissinger, liderou uma série de reuniões secretas com a família real saudita que levaram ao acordo mediante o qual o EUA daria proteção militar à Arábia Saudita em troca da concordância sobre a precificação do petróleo em dólares norte-americanos e o investimento de uma parte dos lucros em títulos do Tesouro Norte-americano. Kissinger posteriormente chamou este sistema de “reciclagem dos petrodólares”. Apesar da aparente simplicidade, trata-se de um sistema complexo e com múltiplas dependências e amarrações, e tem se tornado uns dos principais direcionadores da política expansionista norte-americana.

Em 1975, todos os países produtores de petróleo associados à OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) aderiram a esse acordo. A presença militar norte-americana tornou-se intensa em quase todos os países do Golfo Pérsico: Bahrain, Iraque, Kuwaite, Oman, Qatar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Israel, Jordânia e Iêmen.

Impactos da quebra do sistema financeiro baseado nos petrodólares

O domínio mundial dos EUA tem atingido níveis de parasitismo nunca vistos na história da humanidade. A partir de 1980, os EUA se transformaram, de maior credor, no maior devedor do mundo. O frágil equilíbrio da economia dos EUA requer o constante crescimento da emissão de papel moeda (dólar) e da demanda por títulos do Tesouro Norte-americano para cobrir os gigantescos déficits e manter a economia funcionando.

Sem a constante demanda proveniente dos petrodólares, o sistema financeiro norte-americano colapsaria, os bancos centrais dos demais países não teriam razões para continuar comprando dólares, e a necessária continuidade da impressão de papel moeda levaria a níveis de inflação estratosféricos. As taxas de juros aumentariam exponencialmente, e ajudariam a colapsar a já frágil economia dos EUA, aprofundando a crise imobiliária e congelando o consumo.

Hoje, dois terços do comércio mundial é feito em dólares, duas terceiras partes das reservas dos bancos centrais são feitas em dólares e os principais organismos internacionais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional), o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o Banco Mundial operam exclusivamente com dólares.

Mas até onde este sistema poderá ser mantido? O dólar, que está sustentado em cima de dívidas, não poderá sobreviver a uma crise deste tipo, tal como tem acontecido com outras moedas sem lastro produtivo e crescimento declinante. O déficit público dos EUA atingiu mais de US$14 trilhões de dólares, e a expectativa é que atinja US$17 trilhões em 2012.

Algumas movimentações concretas para a substituição dos petrodólares já têm sido vistas no mercado mundial. A primeira medida dos EUA no Iraque em 2003 foi a troca, que tinha sido introduzida em 2000 pelo governo de Saddam Hussein, do euro para o dólar nas transações de petróleo. Em 2002, a Coréia do Norte começou a usar o euro nas suas compras de petróleo; a Venezuela ameaçou seguir o mesmo caminho em 2006. O aumento das contradições estadounidenses ficaram evidentes em todos os principais acontecimentos: a França e a Alemanha se opuseram à invasão do Iraque; há contradições importantes em relação às agressões aos países árabes para conter o avanço das revoluções na região.

A Rússia começou a vender petróleo à China em rublos em 2011. Há negociações em curso para que o fornecimento de gás russo para a Europa seja feito em cima de uma cesta de moedas.
Como disse Ron Paul, o dólar é hoje lastreado pelo petróleo. Não que os EUA produzam suficiente petróleo para lastrear sua moeda, muito pelo contrário: os EUA são os maiores consumidores de petróleo do mundo. O lastreamento é baseado na “imposição” dos EUA em que os petróleo continue sendo cotado em dólar e aqueles que tentarem desafiar essa imposição sofrerão embargos ou até invasões militares.

Os EUA hoje importam petróleo praticamente sem custo, precisando apenas imprimir as verdinhas. O fim do dólar como moeda internacional de referência significaria que os EUA teriam que produzir alguma coisa para trocar por petróleo. Além disso, os trilhões de dólares em posse dos Bancos Centrais estrangeiros e grandes investidores voltariam para os EUA fazendo a inflação explodir. Na realidade, o fim do dólar como moeda de referência significaria uma redução brutal no padrão de vida americano.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

13 Estados norte-americanos tramitam projetos de lei com a finalidade de reconhecer o ouro e a prata como moedas legítimas


Os processos legislativos estão acontecendo nos estados do Colorado, Georgia, Montana, Missouri, Indiana, Iowa, New Hampshire, Oklahoma, Carolina do Sul, Tennessee, Vermont e
Washington.

A razão pela qual esses estados estão tomando tal providência não é tão difícil de adivinhar: após quase oitenta anos de corridas quase ininterruptas de desvalorizações cambiais, o modelo keynesiano de moeda abstrata está virando farelo, e agora num passo acelerado. O processo contínuo de endividamento estatal adiado ao máximo pela possibilidade desimpedida de imprimir papel moeda a partir do literalmente nada está por encerrar um ciclo de empobrecimento mundial generalizado.

Para os legisladores que estão propondo moedas emitidas pelo estado, isso significa que o ouro e a prata representa uma maior estabilidade, disse Edwin Vieira, o defensor da moeda alternativa e advogado especializado em Direito Constitucional. E desde que o ouro tem se tornado exponencialmente mais valioso, enquanto que o dólar continua a perder terreno, a possibilidade tornou-se cada vez mais atraente para os legisladores estaduais, disse ele.

Utah se tornou o primeiro Estado a introduzir sua própria moeda em ouro quando o governador Gary Herbert assinou um projeto de lei em março passado que reconheceu moedas de ouro e prata emitidas pela Casa da Moeda dos EUA como uma forma legal de pagamento. Segundo a lei, as moedas - são tratadas da mesma forma que os dólares americanos para efeitos fiscais, eliminando os impostos sobre ganhos de capital.

Na Carolina do Sul o Deputado republicano Mike Pitts propôs um sistema monetário que permita que as pessoas usem qualquer tipo de moeda de prata ou ouro.
Representantes republicanos do estado de Washington seguiram em janeiro, a introdução de um projeto de lei que permitiria também que todas as moedas de ouro e prata sejam consideradas moeda legal (legal tender). Minnesota, Iowa, Geórgia, Idaho e Indiana também estão considerando propostas semelhantes.

O futuro da moeda dos EUA: As propostas dos estados foram ganhando força entre os Tea partyers e republicanos, muitos dos quais também endossam um retorno de âmbito nacional ao padrão-ouro, o que exigiria do dólar dos EUA a ser lastreado 100% por reservas de ouro.
O congressista Ron Paul está patrocinando o "Ato de livre concorrência da moeda", que permitirá aos estados apresentarem suas próprias moedas. O também congressista Newt Gingrich está formando uma comissão para analisar como o país pode voltar ao padrão-ouro.

http://money.cnn.com/2012/02/03/pf/states_currencies/index.htm

domingo, 30 de setembro de 2012

10 Razões pelas quais o dólar como moeda global está prestes a chegar ao fim

O dólar dos EUA passou a ser referência em todo o mundo como a principal moeda global. Durante décadas, o uso do dólar tem sido absolutamente dominante no comércio internacional. Isso resultou em enormes benefícios para o sistema financeiro dos EUA e possibilitou o governo dos EUA exercer tremenda influencia ao redor do globo. Mas há grandes mudanças no horizonte. Os principais meios de comunicação têm sido silenciosos sobre isso, mas algumas das maiores economias do mundo têm vindo a fazer acordos entre si para se livrar do dólar. Instituições internacionais como a ONU e o FMI emitiram relatórios sobre a necessidade de se afastar do dólar em direção a formação de uma nova moeda internacional. Assim, o reinado do dólar como moeda de reserva mundial está definitivamente terminando, e a mudança vai ter enormes implicações para o sistema financeiro mundial.

Muito disso está sendo incetivado pela China. Este país tem a segunda maior economia do planeta, e o tamanho da economia chinesa deve ultrapassar os EUA em 2016. De fato, um economista previu que a economia chinesa será três vezes maior que dos EUA até o ano 2040.

Assim, os chineses, com muita razão, estão se perguntando por que o dólar deve permanecer como a principal moeda mundial se eles estão prestes a se tornar a economia número um do planeta.
Ao longo dos últimos anos outras potências internacionais como a Rússia e China tem feito silenciosamente acordos para se livrar do dólar no comércio internacional. A supremacia do dólar não era tão sólida quanto se pensava.
A seguir estão 10 razões pelas quais o reinado do dólar como moeda de reserva global está prestes a chegar ao fim…

1 – Japão e China estão abandonando o dólar no comércio bilateral
Poucos meses atrás, a segunda maior economia do mundo (China) e a terceira maior economia do mundo (Japão) fecharam um acordo que irá promover a utilização de suas próprias moedas (em vez de dólar dos EUA) no comércio bilateral. Este acordo extremamente importante foi praticamente ignorado pela mídia. A seguir um relatório da BBC sobre esse acordo.
China e Japão anunciaram planos para promover conversão direta de suas moedas em uma tentativa de cortar os custos operacionais para as empresas e impulsionar o comércio bilateral entre os dois países.
O acordo permitirá ás empresas converter a moeda chinesa e japonesa diretamente sem o uso do dólar.
Atualmente as empresas de ambos os países precisam comprar dólares antes de convertê-los para a moeda desejada, acrescentando custos adicionais.
2 – BRICS anunciam planos de usar moeda local

Os representantes dos BRICS assinaram um acordo geral sobre a concessão de créditos na moeda nacional dos respetivos países membros e um acordo multilateral sobre a homologação das cartas de crédito. A cerimônia de assinatura teve lugar no final da cúpula de Nova Deli na presença dos chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A seguir, a partir de uma fonte de notícias da Índia…
As cinco principais economias emergentes do mundo, BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul – decidiram injetar maior dinamismo econômico em seu grupo através da assinatura de dois pactos para a promoção do comércio intra-BRICS na Quarta Cúpula nesta quinta-feira.
Os dois acordos que permitirão Linha de Crédito em moeda local para as empresas de países BRICS será assinado na presença dos líderes dos cinco países, Sudhir Vyas, secretário (relações econômicas) no ministério de assuntos externos, disse aos repórteres.
Os pactos são esperados para ampliar o comércio intra-BRICS que vem crescendo a uma taxa de 28 por cento ao longo dos últimos anos, mas US$ 230 bilhões permanece muito aquém do potencial das cinco potências econômicas.
3 – O acordo de moedas Rússia / China
Rússia e China têm vindo a utilizar suas próprias moedas nacionais ao negociar um com outro por mais de um ano. Líderes da Rússia e China têm defendido uma nova moeda de reserva internacional por vários anos, e ambos os países parecem muito determinados a quebrar o monopólio que o dólar norte-americano detém sobre o comércio internacional.

4 – O uso crescente da moeda chinesa em África
Em 2009, a China tornou-se o maior parceiro comercial da África, e a China está buscando expandir agressivamente o uso de sua moeda naquele continente.
Um relatório do maior banco da África, Standard Bank, afirmou recentemente o seguinte…
”Esperamos desenvolver pelo menos US$ 100 bilhões (cerca de R768 bilhões) em comércio Sino-Africano a ser liquidada em renminbi em 2015”
China parece estar determinado a mudar a maneira como o comércio internacional é feito. Neste momento, cerca de 70 mil empresas chinesas estão usando a moeda chinesa em suas transações transfronteiriças.

5 – Emirados Árabes Unidos e China fecham um acordo para abandonar o dólar
China e Emirados Árabes Unidos fecham um acordo para abandonar o dólar dos EUA e usar suas próprias moedas nas transações de petróleo entre si.
Os Emirados Árabes Unidos é um jogador muito pequeno, mas é definitivamente uma ameaça para o sistema de petrodólares. O que irá acontecer com petrodólares se outros países produtores de petróleo no Oriente Médio seguir o mesmo exemplo?

6 – Irã
O Irã tem sido uma das nações mais agressivas quando se trata de isolar o dólar dos EUA no comércio internacional. Por exemplo, foi relatado que a Índia vai usar o ouro para comprar o petróleo do Irã.
As tensões entre os EUA e o Irã não podem ser resolvidos tão cedo, e é provável que o Irã continue a fazer o que pode para infligir dor aos EUA no mundo financeiro.

7 –  Arábia Saudita e China
Quem importa mais petróleo da Arábia Saudita?
Não é Estados Unidos.
Pelo contrário, é a China!
Como escrevi outro dia, a China importou 1,39 milhão de barris de petróleo por dia da Arábia Saudita, em fevereiro, que representa um aumento de 39 por cento em relação ao ano anterior.
Arábia Saudita e China uniram-se para construir uma nova refinaria de petróleo massiva na Arábia Saudita, e os líderes de ambas as nações estão trabalhando estreitamente para expandir agressivamente o comércio entre as duas ações.
Então, quanto tempo a Arábia Saudita vai continuar a negociar com petrodólares se a China é o seu cliente mais importante?
Essa é uma pergunta muito importante.

 8 – A ONU tem pressionado por uma Nova Moeda de Reserva Internacional
As Nações Unidas tem emitido relatórios que clamam abertamente uma alternativa ao dólar como moeda de reserva internacional.
Em particular, um relatório da ONU prevê ”um novo sistema de reserva global” em que os EUA não tem mais o domínio…
”Um novo sistema de reserva mundial poderia ser criado, que já não depende do dólar dos Estados Unidos como a única moeda de reserva importante.”
9 – O FMI está pressionando por uma nova moeda mundial de reserva
O Fundo Monetário Internacional publicou uma série de relatórios que pedem a substituição do dólar dos EUA por uma nova moeda de reserva internacional.
Em particular, um documento do FMI intitulado “Reserve Accumulation and International Monetary Stability” que foi publicado um tempo atrás, na verdade, propôs que a futura moeda mundial ser chamada de ”Bancor” e que um futuro banco central global poderia ser colocado no comando de sua emissão…
”Uma moeda global, bancor, emitido por um banco central global (ver Suplemento 1 º, inciso V) seria concebido como reserva de valor estável , isto é não está ligado exclusivamente ás condições de uma economia em particular. Como o comércio e as finanças continuam a crescer rapidamente e aumenta a integração global, a importância dessa perspectiva mais ampla é esperada para continuar crescendo.”
10 – A maioria do resto do mundo odeia os Estados Unidos
A visão mundial dos EUA mudou drasticamente, e isso não deve ser subestimada.
Hoje os EUA são tão impopular que muitas nações se sentem incentivadas a destruir o dólar no comércio internacional.
Então o que vai acontecer se o reinado do dólar dos EUA como moeda de reserva internacional chegar ao fim?
Bem, alguns dos potenciais efeitos foram descritos em um artigo recente de Michael Payne…
”A queda do dólar também trará mudanças radicais no estilo de vida americano. Quando este tsunami econômica atingir a América,  fará a recessão de 2008 olhar como um ligeiro solavanco na estrada. Ele trará mudanças muito indesejáveis ao estilo de vida americano através da inflação maciça, altas taxas de juros das hipotecas e carros, e aumentos substanciais no custo de alimentos, roupas, gasolina e produtos importados, que terá um efeito duradouro e profundante negativo sobre cada aspecto de nossas vidas.”
Hoje, a América consome quase um quarto do petróleo do mundo. Toda a economia norte-americana é completamente dependente da capacidade de transportar petróleo e mercadorias baratas através de grandes distâncias.
Então o que vai acontecer se o preço da gasolina e produtos importados duplicar ou triplicar de preço?
Além disso, se o reinado do dólar chegar ao fim, muitos países vão ter maiores dificuldades para financiar suas dívidas.
No momento, o sistema financeiro mundial está centrado nos Estados Unidos.
Mas isso não será sempre o caso.
Claramente, todas as condições são favoráveis para um movimento longe do dólar no comercio internacional.
Então, quando a grande mudança irá acontecer?
Só o tempo dirá.

China começa a vender petróleo usando o Yuan

Em 11 de setembro, o Pastor Lindsey Williams, ex-ministro das companhias de petróleo globais, durante a construção do oleoduto do Alasca, anunciou o evento mais significativo que afetara o dólar desde sua criação como moeda. Pela primeira vez desde os anos 70, quando Henry Kissenger forjou um acordo de comércio com a Casa Real de Saud para vender petróleo usando apenas dólares americanos, a China anunciou sua intenção de ignorar o dólar para os consumidores mundiais de petróleo e começar a vender a mercadoria usando sua própria moeda.

Lindsey Williams: " O dia mais significante na história do dólar americano, desde sua criação, aconteceu nesta quinta-feira, 6 de setembro. Nesse dia, aconteceu algo que irá afetar sua vida, sua família e sua mesa de jantar mais do que você possa possivelmente imaginar."
"Na quinta-feira, 6 de setembro... apenas há alguns dias, a China fez seu anúncio oficial. A China disse que, nesse dia, 'nosso sistema bancário está pronto, todos nossos sistemas de comunicação estão prontos, todos os sistemas de transferências estão prontos, e que a partir desse dia, quinta-feira, 6 de setembro, qualquer nação no mundo que deseje desse momento em diante, comprar, vender, ou negociar pretróleo bruto, pode-o fazer usando a moeda chinesa, não o dólar americano'."
- Entrevista com Natty Bumpo no Just Measures Radio Network, 11 de setembro.
Esse anúncio feito pela China é uma das mudanças mais radicais no sistema econômico global e monetário, mas mal foi relatado em vista do anúncio ter ocorrido durante a convenção do Partido Democrata na última semana. As ramificações dessa nova ação são vastas, e poderiam muito bem ser o catalizador que põe abaixo o dólar como moeda de referência global, e muda todo o cenário de como o mundo adquire energia.

Ironicamente, desde 6 de setembro, o dólar caiu de 81.467 no índice para o preço atual (12 de setembro) de 79,73. Enquanto analistas se focarão nas ações que tomam lugar na zona do euro, e esperarão aliviar os sinais da Reserva Federal, na quinta em relação à queda do dólar, não é coincidência que o dólar começou a perder força no mesmo dia do anúncio da China.
Desde que a China não é uma nação produtora natural de petróleo, a questão que a maioria das pessoas farão é “como que o poder econômico asiático teria petróleo suficiente para afetar à hegemonia do dólar?” Essa questão também foi respondida por Lindsey Williams quando apontou um novo acordo comercial que foi assinado no dia 7 de setembro entre a China e Rússia, no qual a Federação Russa concorda em vender petróleo para a China em qualquer quantidade que for desejada.

Lindsey Williams: "Isso nunca ocorreu na história do petróleo bruto. Desde que o petróleo bruto se tornou a força motivadora por detrás de nossa economia, tudo em nossas vidas gira em torno do petróleo bruto. E desde que o petróleo se tornou o fator motivante por trás de nossa economia... jamais foi vendido, comprado, negociado, em qualquer país do mundo, sem que fosse usado o dólar americano." - Entrevista com Natty Bumpo no Just Measures Radio Network, 11 de setembro.

As ações dos dois adversários mais poderosos da economia dos EUA e de seu império, agora se juntaram para fazer um movimento de ataque à fortaleza econômica primária que mantém a América como o mais poderoso superpoder econômico. Uma vez que a maioria do mundo começar a ignorar o dólar, e adquirir petróleo usando outras moedas, então todo o peso de nossa dívida e de nossa diminuída estrutura de manufatura irá desabar sobre o povo americano.
Esse novo acordo entre Rússia e China possui também sérias ramificações em relação ao Irã e ao resto do Oriente Médio. Não mais as sanções dos EUA contra o Irã terão um efeito mensurável, já que ele poderá simplesmente optar por vender seu petróleo à China, recebendo Yuan como retorno, e usar essa mesma moeda para negociar recursos necessários para sustentar sua economia e programas nucleares.

O mundo mudou na última semana, e sem que uma palavra tenha sido dita por Wall Street ou pelos políticos que se deleitaram com a sua própria grandeza enquanto esse fato ocorria durante as convenções partidárias. Um grande golpe foi desferido em 6 de setembro contra o império americano, e contra o poder do dólar americano como moeda de reserva mundial. E a China, com a Rússia, estão agora com o objetivo de se tornar os controladores da energia e, assim, controladores da nova petro-moeda.

sábado, 22 de setembro de 2012

Por quê voltar ao padrão-ouro?



Bem vindo à era do papel moeda (moeda fiduciária), em que os governos/bancos centrais podem criar dinheiro como quiserem, sem limites.  O ouro sempre foi a limitação suprema.  Seu banimento como padrão desencadeou o monstro inflacionário e o próprio leviatã, que inchou para muito além de qualquer razoabilidade.
Porém, uma coisa essa pequena explosão conseguiu deixar clara: jornais, governos/bancos centrais e seus economistas acadêmicos favoritos, todos eles odeiam o padrão-ouro.  E eu entendo por quê.  A ausência do padrão-ouro tornou possível o mundo do dinheiro de papel que todos eles adoram, um mundo controlado pelo Estado/Bancos, um mundo de enorme endividamento e de infindáveis oportunidades de danos a serem perpetrados desde o topo da cadeia de comando.

Mas adivinhe só?  O ouro na verdade nunca saiu de cena.  Ele continua sendo a proteção que todos escolhem, o objeto a que todo investidor recorre em tempos problemáticos.  Ele continua sendo o mais líquido, o mais estável, o mais fungível, o mais comercializável e o mais confiável meio de armazenar riqueza de todo o planeta.  Ele apresenta a mais confiável diferença entre o preço da oferta e o preço da demanda em relação a qualquer outra commodity existente no mundo, dado o seu valor por unidade de massa.
Porém, estaria o ouro tecnicamente morto como uma ferramenta monetária?  Talvez não.  Sempre que os fracassos do dinheiro de papel (moeda fiduciária) tornam-se mais do que óbvios, alguém menciona o ouro e toda a histeria se irrompe.  Foi exatamente isso que aconteceu, quando Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, fez alguns comentários ruidosos favoráveis ao ouro.  Ele simplesmente sugeriu que seu preço deveria ser utilizado como um critério indicativo da qualidade de uma política monetária.
O que aconteceu imediatamente em seguida?  A casa desabou.  O famoso keynesiano Brad DeLong, da Universidade de Berkeley, chamou Zoellick de "o homem mais estúpido que existe" e o The New York Times apressou-se em divulgar uma legião de "especialistas" garantindo que o padrão-ouro não apenas não iria consertar as coisas, como também iria tolher as políticas monetárias, trazer muito mais instabilidade, trazer de volta a grande depressão e gerar todos os tipos de sofrimentos em escala mundial.

Uma das mais engraçadas explosões veio de Nouriel Roubini, que listou uma série de méritos do ouro sem reconhecê-los como tal: o ouro limita a flexibilidade e o escopo das ações dos bancos centrais (empecilho!); sob um padrão-ouro, um banco central não pode "estimular o crescimento e gerenciar a estabilidade de preços" (empecilho!); sob um padrão-ouro, bancos centrais não podem servir de emprestadores de última instância (empecilho!); sob um padrão-ouro, bancos podem ir à falência sem serem socorridos (empecilho!).

Como Murray Rothbard sempre enfatizou, a essência do padrão-ouro é que ele retira o poder dos burocratas e o coloca nas mãos das pessoas.  Elas não mais continuam dependentes dos caprichos dos bancos centrais, dos ministros da fazenda e dos apostadores dos grandes centros financeiros.  O dinheiro deixa de ser um mero instrumento contábil e passa a ser uma forma real de propriedade, como qualquer outra.  Ele é sólido, portátil, universalmente valioso e, ao invés de se depreciar constantemente, seu valor se mantém ou até mesmo sobe com o passar do tempo.  Sob um padrão-ouro genuíno, não há necessidade de um banco central, e os próprios bancos passariam a funcionar como qualquer outra empresa: iriam à falência quando fizessem bobagens e se revelassem incompetentes, ao invés de serem socorridos pelo governo, deixando assim de executar gigantescas operações arbitrárias sustentadas por dinheiro público.

Imagine como seria manter seu dinheiro guardado e ver seu valor crescer, ao invés de diminuir, em termos de poder de compra de bens e serviços.  Assim é a vida sob um padrão-ouro genuíno.  Os poupadores são recompensados ao invés de punidos, como ocorre hoje.  Ninguém utilizaria o sistema monetário para roubar terceiros.  O governo só pode gastar aquilo que ele coleta, e nada mais.  O comércio internacional não passa por reviravoltas constantes em decorrência de alterações cambiais.

Seria eletrizante o dia em que as autoridades monetárias de fato tornassem o dinheiro de papel diretamente conversível em ouro (ou em prata ou em qualquer outra coisa), liberando o mercado para que as pessoas possam criar seu próprio padrão-ouro, permitindo uma genuína inovação e uma verdadeira possibilidade de se escolher o dinheiro a ser utilizado. 
É fácil imaginar que os oponentes do padrão-ouro iriam se opor a isso também, pois, como o próprio Alan Greenspan já admitiu em seus “dias racionais”, as pessoas que se opõem ao ouro se opõem, em última instância, à liberdade humana.

O padrão-ouro faz com que a determinação do poder aquisitivo da moeda seja independente das ambições, pressões e doutrinas dos partidos políticos e grupos financeiros. Isto não é um defeito do padrão-ouro; é a sua principal virtude (Mises 1966, 474).

Esse debate não é sobre política monetária, na verdade.  E muito menos sobre aspectos técnicos da transição.  Trata-se de um debate sobre filosofia política: em que tipo de sociedade queremos viver?  Em uma controlada por um Estado/Banco Central sempre crescente e que a tudo controla, ou em uma na qual as pessoas têm suas liberdades garantidas e protegidas??

China pretende lançar nova moeda internacional 
 
A notícia provém da Índia (na nossa parte ocidental tentarão esconder até ao limite) num artigo da IndiaVision News de 30 de Agosto de 2012 com o título sugestivo:
http://www.indiavision.com/news/article/business/339477/china-launching-gold-backed-worldwide-currency--now-the-americans-will-have-to-find-a-reason-to-go-to-war-against-china


Trata-se da morte anunciada tanto do dólar como do Euro.
O artigo indica que a China está a reestruturar toda a sua reserva de ouro em barras de 1kg para constituir a base de uma nova moeda para o comércio mundial.

Se isso se concretizar, será a morte do dólar como moeda internacional privilegiada e do Euro. Afinal têm tanto valor como notas do Monopólio (só valem enquanto aceitarmos jogar com elas).

Já na sua última Cimeira na África do Sul, o grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) e os seus aliados haviam decidido utilizar uma moeda, que não o dólar, para trocas comerciais entre si.

Agora a China pretende dar mais um passo (decisivo) para retirar ao dólar o privilégio de ser a moeda para trocas comerciais internacionais.
Todos irão preferir utilizar uma moeda valorizada por ouro, do que uma moeda (Dólar/Euro) sem valor real.
O dólar e o Euro valerão/circularão apenas nos Estados Unidos e União Europeia. Ninguém mais os vai querer.
Será o fim do sistema monetário actual baseado em crédito (dívida) para um novo sistema equitativo que já está pronto/preparado para o substituir.

Esta jogada (introdução de nova moeda escudada por ouro), já foi tentada antes, mas os americanos, percebendo que isso significaria o fim da sua "preciosa moeda" a curto prazo, arranjaram pretexto para atacar/destruir esse(s) país(es) e, para servir de exemplo a outros com a mesma ideia, assassinar o provocador - estou a referir-me a Saddam Hussein do Iraque e Muammar Gaddafi da Líbia.

Esta será a razão do título sarcástico do artigo.
Os Estados Unidos provocarem a China? Atacarem a China?

Bem, agora não se trata só da China mas de todo um novo grupo económico de que a China faz parte. Este grupo económico já abrange bem mais de 50% do Planeta.

Os 'maus' estão cada vez mais isolados e são apenas um pequeno grupo de países (Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha).

A China não fez antes esta jogada por ser detentora de muitos biliões de dólares e não lhe interessava que os dólares perdessem valor.

Não é novidade o intenso/maciço investimento que a China tem feito por todo o mundo nos últimos tempos.
Assim, o que a China tem feito é livrar-se dos dólares, trocá-los por coisas reais, palpáveis e com valor como empresas, infraestruturas, terrenos, minério, etc.

Entretanto, os Estados Unidos e a União Europeia, procurando obter maiores lucros, mesmo que isso implicasse um incremento do desemprego nos seus países, deslocaram as suas indústrias para a China, estando agora também descapitalizados do seu sistema industrial de outrora e dependentes industrialmente da China.

Isto é, os Estados Unidos e a União Europeia estão em recessão, sem dinheiro, atolados em dívidas, sem indústria e, os políticos, cuja política nos trouxe até aqui, falam em recuperação...
Só mesmo um político pode ter essa 'cara de pau'.

O actual sistema monetário está morto, a sua vitalidade é aparente e mantida artificialmente. É apenas uma questão de tempo até ser passada a certidão de óbito.

Não sei quando, como ou quanto tempo demorará a substituição do velho para o novo sistema. Possivelmente um fim-de-semana não será o suficiente e poderá acontecer 'férias bancárias' (1 semana?) para o novo sistema ser iniciado/introduzido globalmente.

Com este passo a China irá acelerar a introdução do novo sistema.
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

EUA x Irã - A guerra para manter vivo o Petrodólar


Qualquer retórica sobre o programa nuclear do Irã e da insistência em seu desenvolvimento não é nada mais do que uma tentativa dos EUA de forçar a mudança de regime, para um submisso na manutenção da hegemonia dos petrodólares.

O mundo agora sabe a verdade sobre os EUA e como eles conduzem seus negócios. As hostilidades dos EUA em relação ao Irã não têm nada a ver com o desenvolvimento de armas nucleares. Se fosse esse o caso, então a Coreia do Norte e Paquistão estariam enfrentando sanções semelhantes e
ameaças, mas não estão. A diferença, claro, é o que se encontra abaixo do solo - petróleo. No centro da questão não é a duvidosa tentativa do Irã de construir armas nucleares ou nem mesmo o próprio petróleo, mas sim como o petróleo é pago.

Em 1973, Richard Nixon prometeu ao rei Faisal da Arábia Saudita de que os EUA iriam proteger os campos de petróleo da Arábia Saudita de qualquer um que se atrevesse a toma-los à força da Casa de Saud. Em troca, a Arábia Saudita, e por extensão a OPEP, concordou em vender seu petróleo apenas em dólares dos EUA. Como se isso não fosse suficientemente doce, como parte do acordo, eles foram obrigados a investir seus lucros em contas, títulos e papeis dos EUA. A jogada real é que todos os países compradores de petróleo da OPEP teve que fazê-lo em dólares dos EUA, ou "petrodólares".
Isso fortaleceu o dólar dos EUA, resultando em um constante ciclo de crescimento econômico dos
EUA ao longo da década de 80 e 90. Países compradores de petróleo da OPEP começaram a comprar títulos do Tesouro dos EUA, títulos e valores mobiliários para garantir que eles poderiam continuar a comprar petróleo da OPEP.

Em 2001, entra Saddam Hussein. Ele lançou um plano de vender petróleo em euros, em vez de petrodólares. Pouco depois o Iraque foi "de repente" acusado de fabricar e estocar armas de destruição em massa - alegações lideradas pelos EUA. O mundo sabe o que aconteceu, basta dizer que Saddam está morto e o Iraque agora está "nos trilhos", vendendo seu petróleo em petrodólares mais uma vez.

A situação do Irã é um pouco mais complicada. Os EUA têm procurado derrubar o regime do Irã desde a Revolução Iraniana de 1979, mas esta nova onda de hostilidades, embora não sendo novas, reflete um novo nível de intensidade.
Por que, após 30 anos de hostilidade,os EUA aumentaram a sua retórica?
A resposta, claro, é que o Irã está agora a tentar afastar-se da dinâmica de petrodólares. Em 2005, o Irã procurou criar uma bolsa de petróleo do Irã, ignorando assim os petrodólares controlados pelos EUA. O medo de que as potências ocidentais pudessem congelar as suas contas em bancos europeus e Londres colocou fim a esse plano.

Mas isso não foi o fim de suas tentativas, o Irã buscou outras maneiras para contornar o laço dos petrodólares. Há rumores de que a Índia, que importa 12% do seu petróleo do Irã, concordou em comprar petróleo e pagar em ouro. As relações comerciais com a China, que importa 15% do seu petróleo e gás natural do Irã poderiam ser liquidados em ouro, yuan, e rial.
Coréia do Sul planeja comprar 10% do seu petróleo do Irã em 2012, e ao menos que hajam sanções americanas e europeias contra Seul, é provável que use ouro ou sua moeda soberana para pagar por este. Além disso, o Irã já está bloqueando o dólar no seu comércio com a Rússia e negociando em mercadorias e rublos.

Se o Irã for bem sucedido em sua tentativa de criar a sua própria negociação, ou troca de petróleo, então qual a necessidade para o mundo de todos aqueles dólares dos EUA? A resposta é -nenhuma-.
Como o Irã está criando parcerias em ouro e moedas soberanas com a Índia, China, Coréia do Sul e Rússia, a hegemonia dos petrodólares será destruída.

O resultado é a quebra dos dólares dos EUA, T-bills, títulos, obrigações e títulos vão inundar a economia mundial que já está inchada com dólares, o que diminuiria ainda mais seu valor, em última análise, desvalorizando-o até uma posição onde hiper-inflação torna-se um risco. Assim, enquanto o governo dos EUA bate os chocalhos e tagarela sobre armas nucleares e a ameaça que o Irã representa para o Oriente Médio, a fina camada de mentiras que jorra pela mídia controlada pela elite está sendo arrancada, revelando a verdade de sua retórica belicista .

http://rt.com/news/iran-attack-us-allegations-243/

Por Quanto Tempo o Dólar Manterá o Status de Moeda de Reserva?

Por rcesar
Escrito por Ron Paul, publicado no SAFEHAVEN:


"Nós sempre ouvimos a imprensa se referir ao dólar estadunidense como a “moeda de reserva mundial”, dando a entender que o dólar sempre manterá seu valor numa economia sempre dinâmica. Mas essa é uma suposição errada e perigosa.
Desde 15 de Agosto de 1971, quando Nixon acabou com a paridade ouro/dólar e se recusou a pagar qualquer uma das 280 milhões de onças (31 gramas) de ouro, o dólar estadunidense vem operando totalmente sem lastro. Isso significa que o dólar se tornou um artigo de fé na contínua estabilidade e poder do governo norte americano.

Na realidade, nós declaramos nossa insolvência em 1971. Todos reconheceram que algum outro sistema monetário teria que ser criado para trazer estabilidade aos mercados.
Surpreendentemente, um novo sistema foi criado que permitiu os EUA operarem a impressora da moeda de reserva mundial sem qualquer restrição, nem mesmo uma pretensão de conversibilidade do ouro! Percebendo que o mundo estava embarcando em algo novo e incompreensível, a elite controladora do dinheiro, com um forte suporte das autoridades dos EUA, criaram um acordo com a OPEP na década de 70 para cotar o petróleo exclusivamente em dólares. Isso deu ao dólar um lugar especial entre as moedas mundiais e na essência lastreou o dólar em petróleo.

Em contrapartida, os EUA se comprometeram em proteger os vários reinos ricos em petróleo do golfo pérsico contra a ameaça de uma invasão ou golpe interno. Esse acordo ajudou a disparar movimentos radicais islâmicos entre aqueles que se ressentiam da nossa influência na região. Esse acordo também deu ao dólar uma força artificial com tremendos benefícios financeiros para os EUA. Isso nos permitiu exportar nossa inflação através da compra do petróleo e outros produtos com um grande desconto enquanto o dólar prosperava.

Em 2003, no entanto, o Irã começou a cotar o seu petróleo em Euros para o mercado asiático e europeu. O governo iraniano abriu em 2008 uma “bolsa de petróleo” na ilha de Kish no golfo pérsico com o propósito de comercializar petróleo em euro e em outras moedas. Em 2009 o Irã não tinha mais nenhuma transação com petróleo em dólar. Essas ações do segundo maior produtor de petróleo da OPEP criou uma ameaça direta a continuidade do dólar como moeda internacional de reserva, uma ameaça que parcialmente explica nossa hostilidade para com Teerã.

Enquanto a erosão do nosso acordo “petrodólar” com a OPEP certamente ameaça o status do dólar no oriente médio, uma ameaça maior surge no extremo leste. Nossos maiores benfeitores dos últimos 20 anos – Bancos Centrais asiáticos – perderam seu apetite por dólares. China, Japão e a Ásia em geral eram muito felizes por terem instrumentos da dívida americana, mas eles não vão promover nossos hábitos de consumo para sempre. Bancos Centrais estrangeiros entendem que os líderes americanos não tem a disciplina para manter uma moeda estável.

Se agirmos agora para substituir o sistema sem lastro do dólar por um sistema estável lastreado em metais preciosos ou comodities, o dólar pode reaver seu status de reserva de valor segura perante outras moedas. Se não, o resto do mundo vai abandonar o dólar.
Tanto o congresso como os consumidores americanos vão finalmente experimentar uma maior custo para pegar dinheiro emprestado. Lembre-se, nossa economia de consumo é baseada no desejo de estrangeiros em adquirir dívida dos EUA. Nós teremos uma total reorganização da economia mundial se o governo federal não puder mais imprimir dinheiro, tomar empréstimo e gastar dinheiro num ritmo que satisfaça seu apetite sem fim."

Na realidade os outros países já perceberam que manter o dólar como moeda de referência é o caminho para o colapso, mas infelizmente não há uma outra moeda que possa substituir o dólar hoje. As medidas para abandonar o dólar como moeda de referência já começaram, isso já é um processo sem volta, mas será um processo muito lento.

Como disse Ron Paul, o dólar é hoje lastreado pelo petróleo. Não que os EUA produzam suficiente petróleo para lastrear sua moeda, muito pelo contrário: os EUA são os maiores consumidores de petróleo do mundo. O lastreamento é baseado na “imposição” dos EUA em que os petróleo continue sendo cotado em dólar e aqueles que tentarem desafiar essa imposição sofrerão embargos ou até invasões militares.
Os EUA hoje importam petróleo praticamente sem custo, precisando apenas imprimir as verdinhas. O fim do dólar como moeda internacional de referência significaria que os EUA teriam que produzir alguma coisa para trocar por petróleo. Além disso, os trilhões de dólares em posse dos Bancos Centrais estrangeiros e grandes investidores voltariam para os EUA fazendo a inflação explodir. Na realidade, o fim do dólar como moeda de referência significaria uma redução brutal no padrão de vida americano.

http://rcesar.net/2012/09/por-quanto-tempo-o-dolar-mantera-o-status-de-moeda-de-reserva/